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A FARSA DA CURVA DO ESQUECIMENTO NOS ESTUDOS PARA CONCURSOS PÚBLICOS

Pessoal, é fato que, em maior ou menor medida, todos que estudamos, em algum momento, acabamos por esquecer o conteúdo apreendido. Isso ocorre em razão de termos, pelo menos, uma memória de curto/médio prazo, e uma memória de longo prazo. Estudou a matéria hoje – as informações foram para a memória de curto prazo. Para resgatar essas informações com o passar do tempo, temos que enviar essas informações para a memória de longo prazo. Daí a necessidade de revisarmos com uma certa periodicidade. E aqui a pergunta que não quer calar: qual é esse tal prazo para revisar?

Em resposta a esta pergunta vem a tal da CURVA DO ESQUECIMENTO! Mas o que é essa curva do esquecimento?

Vamos a uma resposta comumente dada pelos especialistas das redes sociais!

Curva do esquecimento é um período de tempo passado entre você ter acesso a uma informação e o momento em que essa informação é esquecida! Daí que, invocando-se essa curva, fala-se que no mesmo dia que você estudou um conteúdo, algumas horas depois você já está perdendo aquele conteúdo.

Quando eu tive acesso a essa informação – primeiramente eu me desesperei! Falei: meu Deus do céu! Como que eu vou acabar com essa tal de curva do esquecimento se eu tenho um conteúdo animal para cumprir dos editais? Tem edital que tem mais de 450 pontos. Quando eu chegar no 450 já vou ter esquecido o 400… que dirá o 1º ponto estudado!

Daí que se criam maneiras de você fazer revisões periódicas para interromper esse processo de esquecimento das informações apreendidas.

Nesse sentido, como nas primeiras 24 horas, segundo eles, você já começou a esquecer boa parte do que você estudou, revise antes de 24 horas. Eu me lembro de uma pessoa dizendo: estudou pela manhã? Então à noite revise! Depois revise em 24 horas, 48 horas, 72 horas, 7 dias, 15 dias, 30 dias…

Eu tentei! Mas eu via que isso não acontecia comigo. Eu não esquecia o que eu estude em 24 horas! Mas mesmo assim eu fiz algumas tabelas para fazer essas revisões periódicas. Entretanto, em no máximo 90 dias, 100% do meu tempo deveria ser dedicado a fazer revisões. E o conteúdo novo? Quando vou estudar? Daí que eu criei o meu método próprio de revisões.

Como aquilo não funcionava para mim, eu fui procurar saber um pouco mais da tal curva.  

Vejamos algumas representações da CURVA DO ESQUECIMENTO:

Aqui nós vemos que, após 20 minutos do conteúdo estudado, 45% do conteúdo estudado já foi perdido. Comecei a achar estranho pois isso não acontecia comigo…graças a Deus!

Mas vamos a outra representação gráfica da curva do esquecimento:

E essa representação gráfica:

Observaram que não existe uma correspondência nem de perto entre os percentuais de retenção/esquecimento. Mais à frente nós vamos ver o porquê de tamanha imprecisão de dados!

A partir desse momento eu paro de falar sobre esse tema e vou buscar mais informações… que passo a compartilhar com vocês.

A CURVA DO ESQUECIMENTO foi idealizada por Hermann Ebbinghaus, um psicólogo alemão. Mas o mais curioso (para dizer o mínimo) é que Ebbinghaus fez essa pesquisa somente com ele mesmo. Não aplicou em mais ninguém! E mais: a pesquisa foi utilizando sílabas sem sentido (sílabas inexistentes no idioma dele) para avaliar a capacidade de retenção e o tempo de armazenamento, assim como a facilidade de recuperação do material armazenado. O próprio Ebbinghaus disse: essa pesquisa é somente com sílabas sem sentido!

Agora, sabendo disso, faz todo sentido o desencontro de informações disponíveis sobre a relação tempo x esquecimento, do fato de que eu não começava a esquecer nada em 24 horas. Herman quis saber em quanto tempo ele esqueceria de informações sem sentido. E aqui, no estudo para concursos, o que mais fazemos são associações entre os nossos conhecimentos! Nos estudos para Carreiras Jurídicas, as maiores notas tanto nas discursivas quanto nas orais são aquelas que trazem o conhecimento interdisciplinar: a questão é de direito civil e o candidato faz conexões com o direito empresarial, fundamenta com base em institutos de direito constitucional, faz comparações, faz distinções com institutos semelhantes, traz a correlação regra x exceção… enfim… conhecimentos que fazem sentido – não o que foi objeto de exame por Hermann Ebbinghaus.

Portanto, pessoal, falar em Curva do Esquecimento na preparação para Concursos Públicos não faz nenhum sentido!

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Vamos em frente e contem sempre comigo!

Dominoni

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Respostas de 2

  1. nossa, essa publicação tirou um peso das minhas costas! nunca conseguia fazer as revisões utilizando a curva do esquecimento. obrigada!!

    1. Por nada, Amanda! Realmente nós ficamos muito angustiados com essa revisão com base na curva do esquecimento. Agora não mais!!! Volte sempre! Grande abraço, Dominoni.

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